Termina hoje às 18 horas, com uma tribuna pública na Praça da Liberdade (junto à estátua do Ardina), o périplo da «caravana regional» do PCP que percorreu o distrito do Porto nas últimas semanas. Uma equipa composta por membros da Direcção da Organização Regional do Partido foi-se revezando ao longo de 18 dias no contacto com trabalhadores e populações.

Não estiveram sozinhos, é claro, pois a eles se juntaram membros das várias concelhias, comissões de freguesia e células de empresa do Partido na região, bem como autarcas e deputados. Juntaram-se-lhes ainda – e sobretudo – homens e mulheres que quiseram ler o documento do Partido e ficar um pouco à conversa com os militantes comunistas. Algumas dessas pessoas pretendiam sobretudo ventilar a sua revolta – várias vezes se ouviu o tristemente célebre anátema do «são todos iguais» –, mas foram muitos mais os que quiseram dizer «isto tem que mudar», ou até mesmo «este é o meu Partido».

A carrinha, identificada com propaganda e som relativos à campanha nacional «Com a força do povo, construir soluções para o País», esteve estacionada à porta de empresas, feiras, ruas movimentadas e serviços públicos de 17 dos concelhos do distrito (em mais de 50 locais). Foi a partir dela que se distribuiu muitos milhares de documentos, que serviram de pretexto para ouvir e conversar com quem passava, pois o real objectivo da caravana – tal como o da campanha nacional – era procurar envolver as pessoas na criação de uma política alternativa patriótica e de esquerda. A partir desta linha de iniciativa, que privilegia o contacto e o diálogo – e mesmo sem que a DORP lhe tenha feito o balanço final – já foi possível aos comunistas do Porto concluir que deram um pequeno contributo para atingir esse objectivo.